Soneto da semana: Cotidiano de um pedreiro no sertão



COTIDIANO DE UM PEDREIRO NO SERTÃO 

Às cinco da manhã ele desperta,
o cheiro de café toma a cozinha,
depois dobra o lençol, dobra a coberta,
e oferece ração para a galinha.

Liga um rádio antigo no "Hora Certa,"
café feito na xícara quentinha
olha pela janela a rua deserta,
a fé em Jesus Cristo que o mantinha.

Faz o sinal da cruz e abre o portão,
acaricia dois cães abandonados,
mais sete quarteirões até a construção....

Na marmita: banana e dois salgados,
trazidos do aniversário do irmão.
Mãos calejadas, de anos trabalhados.
                                                             (Almir)














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