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Mostrando postagens de abril, 2019

Conto: Palmeirão, a dama da noite.

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       Geraldo resolveu ir a um bar, no Centro de Curitiba, para tomar cerveja e escutar música. Na verdade ele não gosta de música sertaneja, mas o ambiente tão antagônico (com sua realidade) adquire um viés agradável que o faz desligar-se da rotina. Entusiasmado vai até o balcão para pedir um litrão de Skol, bem gelado, e  apenas um copo. Também solicita ao caixa que troque uma nota de vinte reais para que pudesse escolher músicas na jukebox. Ao receber o troco, enche seu copo, com cerveja, e dirige-se até a maquina para escolher canções e apreciá-las enquanto embriaga-se.            Ao começar a manusear o equipamento encontrou, ao acaso, vários álbuns do Modern Talking e resolveu ouvir instantaneamente "Cheri Cheri Lady". No que a música começa a tocar, nas potentes caixas de som, uma mulher grita de alegria e aproxima-se da mesa dele. - Oi, tudo bem? Você que escolheu essa música? - Sim, tem músicas que raramente escuto no dia a dia mas no bar eu gosto de ouvir.

Crônica: A hipocrisia do "Dia do Índio".

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Não há o que se comemorar no "Dia do índio"         O "Dia do Índio" é comemorado dezenove de abril, de cada ano, porém é uma data que não expressa nenhum impacto social. No Ensino Fundamental é ensinada às crianças a visão de um índio estereotipado: peninha na cabeça, uma tanga e pinturas no rosto. Também era informado que eles moravam na floresta, caçavam animais e desenvolviam uma agricultura de subsistência. E só.         A  criança vai se tornar um adulto alienado que, certeiramente, há de alienar sua prole também. Desde o ensino básico, o brasileiro não é estimulado a pensar sobre as suas raízes étnicas e o verdadeiro significado da palavra orgulho. Por que a palavra orgulho? Há uma evidente vergonha étnica com relação aos indígenas latinoamericanos e uma inclinação ao ideal eurocentrista. Na verdade esse tipo de comportamento existe desde o período imperial brasileiro, o escritor Lima Barreto já relatava, em seus romances, como era o comportamento

Rivalidade histórica entre Argentina e Chile

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Argentina e Chile quase entraram em guerra na década de oitenta        Nos anos setenta, o governo da Argentina e do Chile quase entraram em conflito bélico. Na época o Chile era governado por Augusto Pinochet, já na Argentina o presidente era José Rafael Videla (que governou o país até mil novecentos e oitenta e um). O motivo da divergência diplomática era a hegemonia sobre o Canal do Beagle e o controle das Ilhas: Lennox, Picton e Nueva. Antes de começar a falar sobre as ilhas em si, é importante compreender porque o Canal do Beagle é extremamente cobiçado. O Canal do Beagle, no extremo austral da América do Sul, é de suma importância militar e mercante, pois liga o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico.  Quanto às ilhas em si, conforme prospecção, possuem uma grande quantidade de hidrocarbonetos em seus limites territoriais. O que significa que há um imenso potencial para extração de petróleo e seus derivados.         Compreenda o conflito        A disputa territor