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Conto de terror: o assassinato do mendigo no Passeio Público: quatorze horas para um crime banal.

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O assassinato do mendigo no Passeio Público: quatorze horas para um crime banal.        São sete horas da manhã. Está um frio invernal em Curitiba, o despertador toca e anuncia mais um dia de trabalho. André Toulon estica o braço, segura o celular e desabilita o despertador. Levanta da cama, toma um banho, prepara o café e veste suas roupas. Escolhe um lindo cachecol que ganhara de presente de um amigo, que estivera em Paris e comprou na sua passagem por umas lojas na Champs-Elysées. Olha-se no espelho, arruma meticulosamente os cabelos, alinha o blazer de linho egípcio que mandara o alfaiate engendrar. Pega o vidro de Olympéa, da Pacco Rabanne,  espirra nos pulsos e esfrega-os até que exalem um agradável odor. Posteriormente borrifa no pescoço e um pouco na camisa. Pronto, estava cheiroso. Então verifica se não está esquecendo de nada, abre a porta do apartamento e parte rumo ao trabalho.  Desce todas as escadas do edifício, cumprimenta o porteiro e sai apressado,  pela rua Carlo